Tudo bem não ser Normal – Uma de muitas reflexões
Talvez suas fraquezas sejam reveladas.


Não sei se vocês já passaram por isso, é bem provável que sim. Sabe aquela série, livro ou filme que ao final você só consegue dizer: “UAU!!!!”? Pois é, esse é o sentimento que tenho depois de finalizar “Tudo bem não ser Normal”.
Em meio a um rio de lágrimas e muitos soluços, sim sou mesmo um chorão, só conseguia pensar “UAU!!!”.
Confesso que procurei adjetivos que me ajudassem a descrever esse dorama, mas falhei miseravelmente. Incrível, espetacular, maravilhoso ainda não descrevem completamente a magnitude dessa série.
Assisti a esse k-drama logo após Navillera, então, de certo modo já estava com o coração pré-aquecido para as lições abordadas em “Tudo bem não ser normal”. Ah e caso ainda não tenha lido a resenha de Navillera é só clicar aqui.
E se porventura você leitor ainda não tenha assistido a algum desses doramas, Navillera e Tudo bem não ser normal, recomendo fortemente, se é que posso me achar no direito de fazê-lo, que assista, após a leitura é claro! 😀
Fique tranquilo que lhe pouparei de spoilers, embora quisesse muito colocar vários detalhes aqui pra nossa discussão, penso que em outro momento será possível, você já terá assistido né? Podemos combinar assim?
Como já dito, espetacular ainda é pouco pra definir. Ainda não encontrei outra série que me faça sentir o mesmo.
“Tudo bem não ser normal” é um dorama coreano escrito por Jo Yong inspirado por sua convivência com um homem com transtorno de personalidade. Isso por si só já deixa a série, no mínimo, intrigante.
Seu enredo faz jus ao nome e é tão envolvente que não queria que acabasse, mesmo enxergando que não poderia ter final melhor. Não há como não se ver em algum dos seus personagens e das muitas histórias ali contadas.
Talvez você possa, após concluir todos os episódios, ser levado a pensar: “Nossa ficou um monte de pontas soltas, deve ter sido furo no roteiro….” ou coisas semelhantes. Bom, a principio devo concordar, mas já com um pouco de reflexão esse fator me fez gostar ainda mais desse k-drama, afinal, quantas histórias passam por nossas vidas cheias de pontas soltas? Tenho certeza que se você buscar um pouco na memoria vai se deparar com aquela pessoa que começou a conversar na fila do banco compartilhando suas lutas e você nunca mais viu, mas deseja saber que fim levou aquele desabafo. Ou mesmo um amigo de escola, aquele mais intimo nos tenros dias da vida, e que ao trilhar os caminhos escolhidos se separam e perderam contato.
Sempre haverá histórias interessantes que não saberemos o desfecho e está tudo bem, isso também é normal. E eu diria que isso é o mais fascinante em “Tudo bem não ser normal”, somos lembrados que embora nossas histórias se cruzem e compartilhamos nossas lutas e as vezes vitorias ou derrotas, nem sempre podemos continuar trilhando o mesmo caminho.
Falar de “It’s ok to not be ok” sem falar de seus personagens principais, é quase impossível. A relação entre os irmãos Moon Sang-tae e Moon Gang-tae, o primeiro é o mais velho e autista, o segundo é o mais novo e tomou pra si a tarefa de cuidar do irmão mais velho após o falecimento de sua mãe, e ainda temos uma escritora de contos infantis, Ko Moon-young, de quem o Sang-tae é muito fã.
Claro que o enredo nos levaria a conhecê-los e as suas próprias lutas. Cada um deles, e também os demais personagens da série, travam suas batalhas psicológicas e buscas em melhorar.
Gostaria de, nesse momento, pedir licença para citar uma frase que foi dita em meio a serie que me chamou bastante atenção. Não se preocupe, cumprirei o prometido e não terá spoilers, será só a frase mesmo.
“Assuma logo que é um fraco. Fracos se unem para ficarem mais fortes.”
Imediatamente me lembrei de uma passagem no livro best-seller de sabedoria milenar: “Pois quando sou fraco, é que sou forte” 1º Coríntios 12:10
É claro que são contextos diferentes, mas no fim, nos dizem a mesma coisa. Assumir nossas fraquezas e pedir ajuda é essencial, é o que nos faz fortes. Superar nossas fraquezas exige franqueza conosco, para entendermos nossas limitações e humildade, para buscarmos auxilio daqueles que podem nos ajudar.
O mais incrível disso tudo é perceber que situações que não damos importância podem e tem relevância em nossa jornada! Lembra da pessoa na fila de banco que mencionei mais cedo, essa mesmo que você não sabe que fim levou as lutas mencionadas naquela conversa? Já parou pra pensar que pra ela você que é a ponta solta da história? Mais ainda, já pensou em como se sentiu depois daquela conversa? Melhor ou pior? O mesmo vale para aquele amigo de escola, e tantos outros que em algum momento, mesmo que só por minutos, tomaram sobre si as nossas cruzes e aliviaram nossa carga.
Alguns acreditam que essas pessoas podem ser anjos enviados por Deus para nos ajudarem, pessoalmente, não descarto essa hipótese, eu acredito que alguns sejam sim seres celestiais que tem a nobre missão de nos auxiliarem, mas também acredito que existam seres humanos que entenderam antes de mim que é preciso assumir suas próprias fraquezas e estar disposto a ajudar aos que estão próximos, ainda que desconhecidos, a se sentirem melhor de algum modo, e com isso “se ajudarem também”.
Acho que foi isso que Paulo quis dizer em 1º Coríntios 12:10, quando assumo a minha fraqueza vou recorrer a quem pode mais do que eu, nesse caso é Cristo.
A cada um cabe a sua própria história, e nem sempre vamos nos considerar normais e está tudo bem. A vida é assim mesmo, o que não podemos é desistir, é necessário buscar ajuda e encontrar o caminho que nos leve a superação.
Na fila do banco, na escola ou em Cristo, assuma suas fraquezas e seja Forte!
Cristão, amante de quadrinhos, leitor não tão assíduo assim, mas gosto, gamer das antigas, desde o famoso Atari, fã das tecnologias, RPG e jogos de tabuleiro também compõem a lista, enfim um nerd de carteirinha.
Tecnólogo em Administração de Pequenas e Médias Empresas pela UNOPAR e Bacharel em Engenharia da Computação pela UNINTER.