Navillera

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Alerta: este texto pode impactar você!!

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Há poucos dias, minha esposa e eu, concluímos uma série chamada Navillera. Que dorama ESPETACULAR meus amigos!!! Trata-se de uma história linda de superação que traz lições valiosas.

Em primeiro, deixe-me dizer que Navillera foge do clichê romântico que encontramos na maioria das séries. 

Vemos aqui duas pessoas distintas, que a vida encarrega de juntá-las e mostrar que amigos, inclusive de faixas etárias diferentes, podem se apoiar e lutar por autossuperação em prol de seus sonhos.

Navillera trouxe consigo um misto de sentimentos com seus personagens principais.

De um lado temos Sim Deok-chul, um carteiro de 70 anos, recém aposentado, que se vê perdendo seus amigos em decorrência da idade.

De outro lado Lee Chae-rok, um jovem de 23 anos, que passa por problemas familiares, inclusive a perda de sua mãe.

E como dito, o universo os une por sua paixão pelo balé. Isso mesmo, o balé!

Em algum momento você já deve ter visto uma cena de balé, e como os bailarinos alçam seus “voos”  com saltos e os passos de dança. Certamente há muito esforço físico e disciplina envolvidos. Diante disso, o grande questionamento que me fiz quando vi a sinopse da série, e que provavelmente você também está se fazendo é:

“Como pode um senhor de 70 anos na prática do balé?” Bom, não vou dar mais spoilers, só assistindo pra saber….

De todas as lições aprendidas em Navillera (talvez um dia, quem sabe, conversamos sobre outras delas por aqui), tem uma que se destacou pra mim.

É fácil notar o que o autor dessa história queria demonstrar em suas cenas, mais fácil ainda se emocionar com a produção e a narrativa deste dorama, mas como cristão quero compartilhar algo que não é tão explicito na série.

Em uma das várias interações entre Chae-rok e o senhor Sim, houve uma fala que me impactou bastante e me deixou pensativo por alguns dias: “Treine até que seus músculos dancem sozinhos, ainda que a sua mente não lembre os passos” – ou algo mais ou menos assim.

Claro que o contexto da história, já impacta por si só, mas essa frase me levou a reflexão de nossa própria vida, principalmente nosso relacionamento com Deus.

Para o senhor Sim, o balé é o seu maior sonho, uma meta grandiosa de vida, que foi por muito tempo… bem, vocês verão na série…. então o treino constante, embora árduo, ainda é prazeroso. Em contrapartida, vemos Chae-rok se dedicando para alcançar a perfeição, ser o melhor naquilo que escolheu fazer.

Não é assim também em nossa vida?

Já parou pra pensar nos motivos que te fazem seguir em frente?

Será que você tem “treinado” o bastante para que seu corpo lembre os “passos” da “dança” que escolheu?

Talvez tenhamos esquecido os motivos que nos levaram a praticar, lutar por nossos sonhos e anseios.

Percebo o quanto é difícil me relacionar com o Divino, submetendo-me a Sua vontade, os planos que Ele tem pra mim. Acredito que você passe por isso também. 

Como cristãos, nosso maior objetivo é nos assemelhar cada dia mais a Cristo. E isso não é fácil. As críticas, dificuldades que são impostas, o mundo tentando desconstruir os valores que Ele estabeleceu, tornam a caminhada cansativa.

Em algumas situações sentimos o esmagador peso do medo, do desanimo. Por fim paralisamos, esquecemos o motivo, ou os motivos, que nos levaram ao “balé”.

Analisando sob o prisma de Navillera, começo a entender que, embora seja árduo, o treinamento pode e deve ser prazeroso. É claro que o “treinamento” requer dedicação, uma constante busca por aperfeiçoamento, para chegar cada dia mais próximo do objetivo.

Mas o processo não tem que ser pesado, pelo contrário, entender que o Criador de todas as coisas e pessoas tem autoridade sobre tudo, deve ser fonte de alegria e motivação para nos aproximarmos ainda mais dEle.

As comparações que abordamos aqui foram para a caminhada cristã, mas nada nos impede de aplicarmos nos mais variados aspectos da nossa vida cotidiana. Inclusive sem um aspecto prejudicar o outro. 

Nossa busca por ser melhor em alguma coisa não significa deixar de lado todas as outras, principalmente no que diz respeito a nossos valores.

Seja para um sonho profissional, uma realização pessoal ou se aproximar do Divino, “treine muito”, para que quando os reveses da vida te paralisarem e até mesmo conseguirem te fazer esquecer os “passos da dança”, seu corpo e mente “dancem” instintivamente em direção ao seu grande objetivo.

O senhor Sim e Chae-rok treinaram muito para se realizarem no balé. E você, por quem ou pelo que tem treinado?

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Cristão, amante de quadrinhos, leitor não tão assíduo assim, mas gosto, gamer das antigas, desde o famoso Atari, fã das tecnologias, RPG e jogos de tabuleiro também compõem a lista, enfim um nerd de carteirinha.

Tecnólogo em Administração de Pequenas e Médias Empresas pela UNOPAR e Bacharel em Engenharia da Computação pela UNINTER.